O
candomblé do Engenho Velho de Brotas, de uma forma ou de outra, deu nascimento
a todos os demais, e foi o primeiro a funcionar regularmente na Bahia.
TERREIRO DO BOGUM: ZOOGOODÔ BOGUM MALÊ RUNDÔ
Localizado
na Ladeira Bogum, antiga Manoel Bonfim, o Terreiro do Bogum, Zoogodô Bogum Malê
Rundó, diferente dos outros terreiros de Salvador, é de nação Jeje, com
tradição ligada ao Benin. Os Jeje entraram no Brasil por volta do século XVII e
início do século XVIII, sua marca cultural tem registro na Bahia e em Mina.
A
língua falada em seus rituais é o ewé, do povo fon, e as entidades cultuadas
são os voduns do Daomé. A sucessão no Terreiro do Bogum se dá pela linhagem e
através dos búzios. Mãe Índia, chefe do terreiro do Bogum, é sobrinha-neta de
Valentina, Mãe Runhó. Uma das tradições do Terreiro é a missa em homenagem a
São Bartolomeu, realizada anualmente há duzentos anos. Conta-se que neste
terreiro refugiavam-se escravos e negros malés.
- CASA BRANCA DO ENGENHO VELHO
Situada
na Avenida Vasco da Gama, a Casa Branca do Engenho Velho, ou Ilê Axé Iyá Nassô,
foi tombada em 1984 e é considerada o primeiro Monumento Negro do Patrimônio
Histórico do Brasil.
Conta-se
que a Casa Branca é a primeira casa de candomblé aberta em Salvador. O centro
foi fundado em um engenho de cana, então transferido para uma roça na
Barroquinha – ainda nos limites urbanos da cidade.
Com o crescimento do centro
administrativo da cidade de Salvador, ocorre uma migração da população para
outras áreas. Iya Nassô, uma das negras africanas fundadoras do terreiro,
arrendou terras do Engenho Velho do Rio Vermelho de Baixo, estabelecendo aí o
primeiro Terreiro de Candomblé.
Este agrupamento conta com mais de 300 anos de
existência, a sucessão da se dá através da linhagem familiar. Atualmente a
Iyalorixá Altamira Cecília dos Santos é a mãe de santo da casa.
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