Esta é a Rua Almirante Alves Câmara, morei nesta
rua até os 10 anos de idade.
Trago aqui história dele,
mas não encontrei nada em minhas pesquisas que o relacionasse ao bairro de
maneira mais significativa, o que nos faz pensar que foi uma mera homenagem
patriótica, o mesmo nome foi dado ao Terminal de Petróleo (TEMADRE) localizado em
Madre de Deus, Bahia.
Antônio
Alves Câmara Júnior nasceu em Salvador (BA) no dia 5 de agosto de 1891, filho
do contra-almirante Antônio Alves Câmara e de Breginata Brasil Câmara.
Frequentou
o Colégio Militar (RJ), ingressando em 1908 na Escola Naval. Em março de 1916,
foi promovido à primeiro-tenente, servindo no cruzador Bahia.
Em
1919, foi designado para servir na Diretoria de Hidrografia. Foi promovido a
capitão-tenente em novembro de 1921. Em maio de 1924, assumiu o comando
do Tenente Lahmeyer, sendo exonerado um ano depois.
Em
1926, foi transferido para o cruzador Bahia e rumou para a
Filadélfia, nos Estados Unidos da América (EUA). Em 1928, foi designado para
servir na Diretoria de Armamento, de onde sairia no ano seguinte ao ser nomeado
encarregado de navegação do encouraçado São Paulo. Em novembro de
1930, logo após a revolução, foi dispensado de seu cargo.
No início de 1932,
exerceu por um mês o comando da Escola de Aprendizes de Marinheiro do Rio
Grande do Norte, e foi promovido a capitão-de-corveta.
Em
10 de outubro de 1932, Alves Câmara foi preso e recolhido ao navio
auxiliar Pedro I por suspeita de envolvimento com a Revolução
Constitucionalista. Em 1934 foi nomeado comandante do navio auxiliar Rio
Branco. Permaneceu no cargo até março de 1937, quando foi
designado para servir na Diretoria de Navegação, onde se encontrava quando
ocorreu o golpe do Estado Novo.
Em
julho de 1938, foi designado técnico do Ministério da Marinha junto ao Conselho
Nacional de Geografia e, em outubro, foi promovido a capitão-de-fragata. Em
janeiro de 1941, foi designado para servir na seção de informações do
Estado-Maior da Armada (Ema).
Quatro meses depois se desligou do Ema por ter
sido nomeado comandante do contratorpedeiro Mariz e Barros, posto
que ocuparia até o final da Segunda Guerra Mundial. Após
ser promovido a capitão-de-mar-e-guerra em julho de 1944, Alves Câmara voltou à
Filadélfia (EUA) para receber armamento projetado para o Mariz e Barros.
Em abril de 1945 assumiu o comando do encouraçado São Paulo. A
partir de outubro passou a representar a Marinha junto à comissão encarregada
de estudar o mapeamento do território nacional.
Em janeiro de 1946, foi
promovido a contra-almirante, assumindo o cargo de diretor-geral de Hidrografia
e Navegação da Armada. Exonerado deste cargo em março de 1949, passou a dirigir
a Escola Naval.
Foi
promovido a vice-almirante em fevereiro de 1952, sendo a seguir exonerado da
Escola Naval para assumir pela segunda vez a Diretoria de Hidrografia e
Navegação. Em 1953, foi nomeado inspetor-geral da Marinha e, pouco depois,
secretário-geral da Marinha.
Exonerado da Secretaria Geral em janeiro de 1954,
foi nomeado adido naval junto à embaixada brasileira em Washington. Em julho
desse ano foi promovido a almirante-de-esquadra, e em janeiro do ano seguinte
retornou ao Brasil.
Em
1955, Juscelino Kubitschek e João Goulart foram eleitos presidente e
vice-presidente da República, iniciando-se um movimento das forças derrotadas,
com fortes bases no governo, no sentido de impedir a posse dos eleitos.
Kubitschek manteve Alves Câmara à frente do Ministério da Marinha.
No mês
seguinte, eclodiu a Revolta de Jacareacanga (PA), envolvendo militares da
Aeronáutica sob a chefia do major-aviador Haroldo Veloso e do capitão-aviador
José Chaves Lameirão. Com os outros ministros militares, Alves Câmara colaborou
para debelar o movimento, o que foi alcançado em uma semana.
Em
fins de 1956, ainda durante a gestão de Alves Câmara à frente da pasta da
Marinha, o governo brasileiro autorizou a aquisição do porta-aviões Vengeance, rebatizado
como Minas Gerais.
Esta
é a Rua dos Trovadores, morei nesta rua dos 10 aos 26 anos.
Não há relatos
oficiais que expliquem o porquê deste nome para essa rua, mas se formos
analisar quem eram os Trovadores, segundo o site "Vírus da arte &
cia", os Trovadores faziam parte da nobreza
e compunham música e poesia tendo o amor como tema preferido. Viviam de favores
nas cortes.
Suas
poesias eram chamadas de cantigas, havendo dois tipos delas: lírico-amorosas (cantiga de amor e cantiga de amigo)
e satíticas (além de expressarem o
seu eu lírico amoroso, também se preocupavam em ridicularizar os costumes da
época, ou seja, os falsos valores morais).
As
cantigas eram escritas à mão e reunidas em livros conhecidos como Cancioneiros. Pode-se dizer que o trovadorismo foi a
primeira manifestação literária da língua portuguesa.
Isso
nos remete automaticamente ao poeta Castro Alves e à sua obra, além de poesia
de caráter social, este grande escritor também escreveu versos
líricos-amorosos, de acordo com o estilo de Vítor Hugo. Pode-se dizer que
Castro Alves foi um poeta de transição entre o Romantismo e o Parnasianismo.
REFERÊNCIAS
FUNDAÇÃO GETÚLIO
VARGAS - CPDOC. Disponível em:
<http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/biografias/Alves_Camara> [Acesso
em 07/06/2016];
VÍRUS DA ARTE & CIA - Site brasileiro especializado em arte e cultura. Disponível em: <http://virusdaarte.net/os-menestreis-e-os-trovadores/>. [Acesso em 07/06/2016].
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